Comissão instituída pelo Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde, acompanhou in loco todo o processo de transição entre as instituições para que em nenhum momento a assistência prestada aos cidadãos fosse descontinuada

 

Uma Comissão Especial de Transição foi criada pela SES-GO para acompanhar todo o processo de substituição das instituições nos três hospitais estaduais.

Desde a semana passada, novas Organizações Sociais (OSs) assumiram a gestão dos hospitais estaduais Ernestina Lopes Jaime (HEELJ), em Pirenópolis; Sandino de Amorim (Heja), em Jaraguá; e de Urgências da Região Sudoeste Dr. Albanir Faleiros Machado (Hurso), em Santa Helena de Goiás. Uma decisão publicada no Diário Oficial determinou a imediata suspensão da execução do Contrato de Gestão celebrado junto ao Instituto Brasileiro de Gestão Hospitalar (IBGH), antiga gestora das unidades, e autorizou a entrada do Instituto de Planejamento Gestão de Serviços Especializados (IPGSE), da Fundação Universitária Evangélica (Funev) e do Instituto CEM, respectivamente, no Hurso, HEELJ e Heja.

O despacho, assinado pelo secretário de Estado da Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino, teve o objetivo de garantir a efetivação da transição das gestões nas unidades, já que elas foram alvo de várias denúncias por parte da população e de servidores, sobre falta de medicamentos, de insumos, atraso de salários e descrédito junto a fornecedores por falta de pagamentos. Desde 7 de janeiro, a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) instaurou uma Comissão Especial de Transição, Supervisão, Fiscalização e Acompanhamento dos hospitais para acompanhar, in loco, a substituição do IBGH. De acordo com o presidente da Comissão, Fernando Jesus, foram constatadas irregularidades que geraram risco à proteção da saúde, da segurança e da ordem pública, da população daquela região.

Fernando destacou que os técnicos da SES-GO ao chegarem nas unidades, em especial no Hurso, perceberam a falta de medicamentos, de insumos, além de receberem várias queixas dos servidores que atuam no local. “No Hurso, por exemplo, não tinha anestesista e intensivista pediátrico para cobrir todas as escalas de plantão, ou seja, se chegassem pacientes graves, poderiam ocorrer sérios problemas”, relatou. Mesmo a OS recebendo regularmente os repasses mensais por parte das SES-GO, os servidores se queixaram de atrasos nos salários. “Fizemos uma força-tarefa a fim de que o paciente não fosse prejudicado”, observou Fernando.

 

Ao longo do mês de janeiro, a Comissão Especial de Transição, Supervisão, Fiscalização e Acompanhamento esteve in loco nos hospitais assegurando a continuidade do atendimento aos cidadãos

Histórico
Em 31 de dezembro do ano passado, o IBGH informou a saúde estadual que não tinha interesse em continuar na gestão dos hospitais estaduais e que entregaria as unidades no prazo de 30 dias úteis. Dessa forma, foi aberto processo para contratação emergencial para seleção simplificada de OSs para gestão das unidades. O chamamento regular tramita em paralelo.

No entanto, com os indícios de descumprimento dos Contratos de Gestão celebrados com o Instituto, verificou-se a necessidade de rescisão unilateral dos ajustes e foi instituída a Comissão Especial de Transição, Supervisão, Fiscalização e Acompanhamento dos hospitais para acompanhar in loco a substituição da OS. A Comissão passou a vistoriar todas as três unidades e constatou o cenário preocupante, como desabastecimento de diversos medicamentos e insumos essenciais à continuidade do serviço e assistência aos pacientes. Com a presença da comissão, os problemas foram sanados para garantir a assistência à população.

Patrícia Almeida/Comunicação Setorial
Fotos: Divulgação/SES-GO

 

Fonte: saude.go.gov.br

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