Titular da pasta estadual, Ismael Alexandrino, se reuniu virtualmente com 46 secretários de saúde de cidades goianas. Encontro foi o quinto organizado pelo Cosems-GO neste ano

A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) participou, nesta segunda-feira (08/02), do quinto e último encontro do “Acolhimento de gestores municipais de saúde”, realizado em Goiânia. Das 72 cidades que integram a Macrorregião Centro-Oeste de Goiás, o evento contou com a participação de 46 secretários municipais de saúde, sendo que destes, 31 assumiram a gestão pela primeira vez e 15 foram reconduzidos ao cargo. Promovida pelo Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Goiás (Cosems-GO), desde o fim do mês de janeiro deste ano, a iniciativa percorreu as cinco macrorregiões de saúde do território goiano.

O secretário de Estado da Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino, apresentou um panorama do Sistema Único de Saúde (SUS), destacando que, além do público, ele também é composto pelo filantrópico e privado. Ele ressaltou a importância de se ter em mente e guiar a gestão nos princípios da universalidade, integralidade e equidade. “Pela universalidade, todos que estiverem no território brasileiro têm direito ao acesso à saúde, de forma gratuita. Com a integralidade, esse mesmo cidadão deve ser tratado para que a saúde cuide do seu bem-estar físico, mental e social, de forma integral. Já a equidade garante mais acesso àquela pessoa que tem mais necessidades”, detalhou Alexandrino.

O caráter ascendente do sistema, que tem início em debates e percepções locais até chegar nas Comissões Intergestores Regional (CIR), Bipartite (CIB) e Tripartite (CIT), foi outro assunto abordado por Ismael. “Aquela discussão que começou lá na ponta, onde o cidadão e o gestor tocam o sistema, ascende, é debatida e, se aprovada, é pactuada, se tornando uma resolução publicada no Diário Oficial”, explicou. Sobre a importância dessas parcerias, o gestor citou o caso do trabalho realizado durante a pandemia, reforçando o espírito de união entre município e estado. O controle social, por meio dos Conselhos de Saúde, também foi lembrado: “o trabalho conduzido pelos conselhos não deve ser confundido com palco para sindicato ou político-partidário, e nem para promoção do gestor.”

Para orientar os gestores, Alexandrino explicou que há seis grandes blocos que compõem o financiamento do SUS e que é por meio deles que estados e municípios recebem os recursos. “Entender essa estrutura é fundamental para não termos problemas na prestação de contas e na execução orçamentária”, disse. De forma sucinta, ele comentou sobre os blocos de Média e Alta Complexidade (MAC), Atenção Básica (AB), Assistência Farmacêutica, Vigilância em Saúde, Gestão e Financiamento. Ele lembrou que todos são importantes, mas fez questão de ressaltar o papel do bloco da AB localmente. “A Atenção Primária é uma atribuição da cidade, que deve estruturá-la e desenvolvê-la para que seja, de fato, ordenadora do cuidado. Ela sendo resolutiva, com boa cobertura, atua na prevenção e promoção da saúde”, frisou.

Por fim, o secretário destacou os três pilares da atual gestão do Governo de Goiás para a saúde: regionalização; regulação dos serviços de média e alta complexidade no âmbito do Estado; e eficiência operacional financeira das unidades. “Com a regionalização, levamos os serviços de saúde para além da região metropolitana, avançando para todas as regiões do território goiano. Hoje nas cinco macrorregiões de Goiás temos Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). É importante avançar e estamos buscando isso a cada dia. Sobre leitos para pacientes críticos, por exemplo, hoje mais que dobramos a quantidade. Isso do início da gestão para cá”, destacou.

 

Rede assistencial
O superintendente de Atenção à Saúde da SES-GO, Sandro Rodrigues, apresentou a rede assistencial da Macrorregião Centro-Oeste, destacando a atenção secundária (ambulatorial especializada) e a terciária (hospitalar). Ele detalhou a estrutura e os equipamentos da região, indo desde a organização da assistência farmacêutica, por meio Central de Medicamentos de Alto Custo Juarez Barbosa, e das Policlínicas Regionais, que são equipamentos intermediários entre a atenção primária e a ambulatorial especializada, até os hospitais estaduais.

Sandro Rodrigues informou que o Governo de Goiás prepara para o segundo semestre deste ano a entrega de duas Policlínicas na Macrorregião Centro-Oeste. As estruturas, que estão em fase final de obras, estão localizadas na Cidade de Goiás e em São Luís de Montes Belos. “Essas unidades reforçam o projeto de regionalização da saúde em nosso Estado”, disse.

Em relação à rede hospitalar, ele apresentou um resumo das unidades estaduais que estão em Goiânia, Trindade e São Luís de Montes Belos. Ao todo, na Macrorregião Centro-Oeste há 12 equipamentos sob gestão do Estado. Destes, dez estão na capital, sendo o Hugo, Hugol, HGG, HDT, HMI, CRER, HDS, Ceap-Sol, Maternidade Nossa Senhora de Lourdes e HCamp Goiânia. Em Trindade, há o Hutrin e, em São Luís de Montes Belos, o Hospital Regional Dr. Geraldo Landó, estadualizado no ano passado. Sobre unidades com serviços cofinanciados na região, ele citou o convênio com o Hospital de Caridade São Pedro D’Alcântara, na Cidade de Goiás.

 

Covid-19
A superintendente de Vigilância em Saúde da SES-GO, Flúvia Amorim, alertou os gestores municipais sobre a possibilidade do crescimento dos casos de dengue simultaneamente à pandemia da Covid-19. “As duas doenças ocorrendo juntas contribuem para aumentar a pressão no sistema de saúde. As medidas preventivas, campanhas e mobilizações de combate ao Aedes devem ser reforçadas, mas com o cuidado de evitar aglomerações. É preciso ter em mente que o combate do mosquito é feito eliminando os criadouros”, destacou Flúvia.

Ela informou que o sistema Vacina Goiás, ferramenta criada pela gestão estadual para pré-cadastro e agendamento da vacinação, já está disponível: “essa plataforma foi desenvolvida para apoiar os municípios, ajudando a organizar as filas e evitando aglomerações. A cidade tem total governabilidade do sistema, inserindo o local, horário de funcionamento e número de vacinados por dia”. Por fim, Flúvia Amorim pediu o apoio dos secretários para alimentarem o sistema oficial de registro de doses aplicadas do Ministério da Saúde.

Secretaria de Estado da Saúde de Goiás

 

Fonte: saude.go.gov.br

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